USO DE ANTIBIÓTICOS, TIPO DE PARTO, ALEITAMENTO MATERNO E MICROBIOTA INTESTINAL
Sabendo-se das consequências em longo prazo da DISBIOSE INTESTINAL NA SAÚDE DAS CRIANÇAS, foi feito um estudo coorte no Canadá (2010-2012), para determinar o impacto do uso de antibiótico intraparto (AIP) na MICROBIOTA INFANTIL e avaliar se o ALEITAMENTO MATERNO (AM) modifica esses efeitos.
Em uma amostra de 198 recém-nascidos saudáveis, esses dados (irAIP) foram retirados dos registros hospitalares e o AM foi relatado pelas mães. As características da microbiota foram analisadas aos 3 e 12 meses de acordo com exames apropriados.
Os autores concluíram que independente da via de parto (vaginal ou abdominal), o uso de antibióticos intraparto (AIP) estava associado à DISBIOSE DA MICROBIOTA INTESTINAL INFANTIL e o ALEITAMENTO CONSEGUE MODIFICAR ALGUNS DESSES PARÂMETROS.
O USO ABUSIVO E DESCONTROLADO DE ANTIBIÓTICOS nos dias de hoje tem sido responsabilizado por aumento de resistência bacteriana e do aumento de quadros relacionados à microbiota intestinal nas crianças.
Esse estudo relaciona mais um efeito muito imediato da utilização dos antibióticos nas mães, levando a consequências importantes no bebê. Associe-se a essa influência as transformações da flora bacteriana intestinal pela grande taxa de partos cesariana e ao fato de termos uma média de aleitamento materno exclusivo de 54 dias no Brasil.
Azad, M. B. et al. Impact of maternal intrapartum antibiotics, method of birth and breastfeeding on gut microbiota during the first year of life: a prospective cohort study. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 2015.
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