Brasileiros precisam de mais antioxidantes!

Pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicaram na revista Nutrition Journal de abril de 2011, um estudo que mostrou a baixa ingestão de alimentos ricos em antioxidantes por brasileiros. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil de consumo dos principais antioxidantes da dieta em uma amostra representativa da população adulta brasileira e discutir as principais consequências da baixa ingestão desses micronutrientes na saúde. Foram avaliados 2.344 indivíduos com mais de 40 anos de idade, moradores de áreas rurais e urbanas de 150 cidades do país. Os indivíduos de todas as classes sócio-econômicas, graus de escolaridade, cor da pele e ocupação foram incluídos, com o objetivo de manter a representatividade da população brasileira. As informações sobre o consumo de alimentos foram obtidas por recordatório de 24 horas durante sete dias na semana, sendo as análises feitas com ênfase na ingestão de vitaminas A, C e E, selênio e zinco. Houve baixo consumo em relação aos valores recomendados pelas Dietary Reference Intakes (DRIs) de vitamina E em 99,7% dos indivíduos avaliados, vitamina A em 92,4% e vitamina C em 85,1%. Os pesquisadores observaram variações de ingestão entre as diferentes regiões, o que pode refletir nos hábitos culturais. Os resultados do presente estudo demonstram que a média do consumo de vitamina A e E foi inferior aos valores de referência, independentemente do sexo, idade, cor da pele, situação econômica, estado nutricional e região do país, ressaltam os pesquisadores. Estes resultados devem levar ao desenvolvimento de políticas públicas que incentivem estratégias educacionais para melhorar a ingestão de micronutrientes, que são essenciais para a saúde e prevenção de doenças crônicas.

Referência
Medeiros PM, Ciconelli RM, Chaves GV, Aquino L, Juzwiak CR, de Souza Genaro P, Ferraz MB. Antioxidant intake among Brazilian adults - The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS): a cross-sectional study. Nutr J. 2011;10:39. Disponível em:
http://www.nutritionj.com/content/10/1/39

Fonte: Nutritotal.

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