Estudo
publicado, em 2010, no Scand
J Prim Health Care (Jornal Escandinavo de
Atenção Primária à Saúde) acrescenta à lista crescente de
publicações sobre os benefícios da vitamina D, um possível
tratamento para a dor crônica. O estudo descreve a alta prevalência
de hipovitaminose D em pacientes com dor não específica
músculo-esquelética, dor de cabeça e fadiga. A conclusão é que
os clínicos gerais (e nutricionistas) devem manter a consciência da
possibilidade de hipovitaminose D nestes pacientes. O fornecimento de
vitamina D é definido pela exposição ao sol e a ingestão alimentar,
que podem ser afetados pelo tipo de trabalho, economia, cultura,
patologias etc. Da mesma forma, a dor crônica pode ser afetada pelos
mesmos motivos. A literatura científica recente descreve uma
série de estudos epidemiológicos semelhantes que ligam os baixos
níveis de vitamina D com a dor crônica. Correlações sobre a
prevalência de dor crônica também foram encontrados segundo a
latitude geográfica e a estação do ano. O estudo publicado no
Jornal Escandinavo de Atenção Primária à Saúde recebeu atenção
especial da mídia e do público em geral, estando estes cada vez
mais informados sobre a associação entre os baixos níveis de vitamina
D e dor crônica (e uma série de outras condições de saúde). As
pessoas apreciam a idéia de uma explicação e solução para seus
problemas de saúde de forma natural e compreensível. A exposição ao sol cobre a maior parte do
fornecimento de vitamina D no verão (exposição de 50% da pele
durante 12 minutos a meia-latitude ao meio-dia é equivalente a uma
dose oral diária de 75 microgramas (3.000 UI) de vitamina D.
O
suplemento pode não ser a cura para a dor, mas o estudo publicado
no Jornal Escandinavo de Atenção Primária à Saúde demonstra que
baixos níveis de vitamina D são comuns nesse grupo de pacientes. O
tratamento é barato, relativamente seguro, e existe evidência
emergente de que a suplementação de vitamina D tem efeitos
positivos sobre a saúde pública. Contudo, condições subjacentes
que causam a dor crônica devem ser diagnosticadas, independentemente
do status da vitamina D.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA VITAMINA D
A concentração de 25(OH)D3 no plasma é o melhor indicador do estado nutricional de indivíduos em relação à vitamina D. A manutenção da concentração plasmática de 25(OH)D3 entre 80 e 100nmol/L está associada à saúde óssea e à redução do risco de doenças crônicas. A deficiência de vitamina D resulta em diminuição dos níveis de cálcio e fósforo que, por sua vez, estimulam a secreção de PTH (paratormônio).
Referências:
KRAGSTRUP, E. W. Vitamin D supplementation for patients with chronic pain. Scand J Prim Health Care. 2011.
KNUTSEN, K.V. et al. Vitamin D status in patients with musculoskeletal pain, fatigue and headache: A cross-sectional descriptive study in a multi-ethnic general practice in Norway. Scand J Prim Health Care. 2010.
REIS, N. T.; LIMA, L. C. Interpretação de Exames Laboratoriais aplicados à Nutrição Clínica. Editora Rubio, 2012.
REIS, N. T.; LIMA, L. C. Interpretação de Exames Laboratoriais aplicados à Nutrição Clínica. Editora Rubio, 2012.
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