Castanha-do-brasil: aliada da saúde, mas sem exageros!

Um projeto desenvolvido no Acre tem incentivado o preparo de alimentos com farinha à base de castanha-do-brasil como alternativa para reduzir os elevados índices de desnutrição no estado. A castanha-do-brasil, também conhecida como castanha-do-pará, é uma amêndoa oleaginosa, de alto valor energético e rica em proteína. Por estes e outros valores nutricionais, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e professores da Universidade Federal do Acre iniciaram um estudo e analisaram os resultados obtidos a partir do consumo dessa farinha por crianças na Amazônia. A pesquisa começou em 2005 e intitulada Influência de alimentos enriquecidos com castanha-do-brasil e outros produtos regionais na recuperação de crianças desnutridas no Acre. A partir disso, o projeto Castanha Nutre foi desenvolvido durante oito meses com 150 crianças do Bairro Triângulo Novo e Taquari, na cidade de Rio Branco. Segundo o coordenador do projeto, o nutricionista Pascoal Muniz, ao longo do trabalho as crianças apresentaram resultados satisfatórios. "Essa proposta que criamos com a Embrapa, uma parceria da secretaria de Saúde de Rio Branco, mostra que é preciso uma reavaliação das políticas públicas nesses bolsões de pobreza. Por isso precisamos acompanhar cada criança, cuidar, verificar a alimentação e usar os recursos regionais para recuperá-las?" O projeto Castanha Nutre teve apoio do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Além da castanha-do-brasil, estão sendo realizados estudos com outros produtos regionais da Amazônia para serem utilizados como alternativa na recuperação de crianças desnutridas no Acre. 
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso, de 200 a 400 microgramas de selênio. O limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente.
E POR QUE TODA ESSA FAMA DO SELÊNIO
Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes. Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo. O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela. A tireóide também funciona melhor na presença do selênio. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais tóxicos que se alojam nas células.

"Produtos naturais também devem ser consumidos sob a orientação de um profissional Nutricionista!"

Referências:
Agência Brasil. Estudo mostra que farinha de castanha-do-pará é eficaz no combate à desnutrição.
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2007-03-18/estudo-mostra-que-farinha-de-castanha-do-para-e-eficaz-no-combate-desnutricao)
Revista Saúde. Retarde o envelhecimento comendo uma castanha por dia.
(http://saude.abril.com.br/edicoes/0298/nutricao/conteudo_278887.shtml)

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